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Rebranding: Missão Impossível

Rebranding: Missão Impossível

Há certas franquias que mudaram tanto conforme os anos, que é difícil lembrar exatamente como elas começaram.

Missão Impossível começou como uma série de TV dos anos 60, e depois foi adaptada para grandes produções de Hollywood, com o astro Tom Cruise no papel principal. Vale dizer que toda a franquia passou por ao menos um rebranding de filme para filme (alguns mais leves e outros mais perceptíveis).

Mas antes de se aprofundar nas aventuras sem dublês de Tom Cruise, vamos voltar às origens.

Armando bombas e usando máscaras falsas em 1966 

Rebranding: Missão Impossível

O time original de Missão Impossível.

Missão Impossível originalmente foi uma série de TV exibida entre 1966 até 1973 pela rede CBS, contando com mais de 100 episódios sobre uma agência de espionagem conhecida como “Impossible Missions Force”.

Na época, a série foi vista como uma resposta americana à franquia britânica “007”. 

Missão Impossível foi relativamente bem sucedida, sobrevivendo na memória das pessoas por conta de diversas reprises e principalmente por sua música tema.

É realmente impossível que alguém no mundo não conheça essa música.

MI – Espere o impossível

Houve tentativas de revitalizar a marca ao longo dos anos, mas a que mais teve sucesso ocorreu em 1996, quando a série foi adaptada para um filme grande de Hollywood, com o astro Tom Cruise como o agente Ethan Hunt.

Rebranding: Missão Impossível

A tagline do filme nem precisava de seu título para ser imediatamente reconhecida.

O filme contava com todas as cartas certas

♠️ Um elenco de estrelas americanas e europeias nos papéis secundários (John Voight, Jean Reno, Vanessa Redgrave, Ving Rhames e Emmanuelle Béart); 

♥️ Um dos diretores americanos mais criativos e eficientes de sua geração – Brian De Palma; 

♣️ Um roteiro escrito por dois vencedores do Oscar;

♦️ O star power de Tom Cruise.

Toda a atmosfera de thriller da década de 1990 foi unida a direção criativa de Brian De Palma, a fisicalidade incomparável de Tom Cruise e os elementos clássicos da série original, com as ferramentas de espionagem (chicletes explosivos, máscaras falsas), as reviravoltas e os momentos de ação eletrizante. 

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As icônicas máscaras da franquia.

Missão Impossível foi um sucesso absurdo, conseguiu uma das maiores bilheterias de 1996, e marcou de vez o status de Tom Cruise como um dos maiores astros de Hollywood.

O filme conseguiu revitalizar a marca perfeitamente para as sensibilidades da década de 1990, com um blockbuster de respeito. 

O tema clássico retorna para sua versão cinematográfica.

MI2 – Um “Missão Impossível” para a “geração Nu Metal.”

Rebranding: Missão Impossível

Apesar do tom certo do primeiro filme, a sequência decidiu procurar um público mais jovem, algo mais radical e estiloso. 

O diretor chamado para fazer isso foi o mestre de ação John Woo, que fez diversos filmes aclamados em Hong Kong e estava se aventurando no cinema de Hollywood na época.

Woo tem um estilo bem exagerado de ação, famoso por praticamente criar o gênero “gun fu”, que combina artes marciais com armas de fogo, popularizado depois por filmes como Matrix e, mais recentemente, pela franquia John Wick.

Infelizmente, essa abordagem acabou não dando muito certo. 

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Brega ou cool? Você decide.

A direção de Woo é criativa e as cenas de ação são bem explosivas, mas as inúmeras reviravoltas da trama e a adição de elementos “radicais” acabaram datando o filme mesmo em sua época. 

Missão Impossível 2 (2000) é considerado a ovelha negra da franquia, mesmo que tenha sido um sucesso considerável no ano de seu lançamento.

Retirado da Trilha Sonora oficial de Missão Impossível 2. É impossível ser mais “anos 2000” que isso. 

MI3 – De volta com os pés no chão.

Rebranding: Missão Impossível

Depois do show de explosões e Rock “Anos 2000” que foi Missão Impossível 2, Missão Impossível 3 procurou trazer a franquia para algo mais “pé no chão”. 

Esse foi o primeiro filme do diretor J. J. Abrams, que antes era mais conhecido por séries de TV como Lost e Alias. Nessa trama, Ethan acaba de se casar e vive uma vida dupla como homem de família e espião secreto, algo que obviamente acaba não funcionando.

MI3 trouxe uma ação mais real de volta para a franquia, inspirados pela franquia Bourne, que fazia sucesso na época.

Também houve a adição de um vilão realmente assustador vivido pelo grande Philip Seymour Hoffman, e um ótimo alívio cômico com o ator Simon Pegg, que retornaria para todos os próximos filmes.

O filme foi um sucesso considerável, apesar das diversas controvérsias na carreira de Tom Cruise que ocorreram em paralelo ao filme, como o “incidente no sofá” no show de Oprah Winfrey, e sua devoção pela Cientologia revelada ao público.

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MI4 – Escalando o Burj Khalifa

Rebranding: Missão Impossível

Apesar de todos os filmes da franquia até aqui terem feito sucesso, o filme que realmente encontrou o ponto certo de ação, suspense e aventura foi a sua quarta edição – Missão Impossível: Protocolo Fantasma (2011).

Dessa vez dirigido por Brad Bird, que havia feito animações aclamadas na Pixar com Os Incríveis (2005) e Ratatouille (2007), decidiu se aventurar em um filme live-action dessa vez.

Essa foi uma ótima escolha, pois Protocolo Fantasma possui cenas de ação criativas, muito humor e um ritmo bem frenético, assim como uma das animações do diretor.

Também foi o filme que estabeleceu Tom Cruise como um showman que arrisca a própria vida pelo entretenimento do público. Principalmente pelo fato dele ter realmente escalado o prédio mais alto do mundo em Dubai, sem o uso de dublês, para uma das cenas principais do filme.

Rebranding: Missão Impossível

Protocolo Fantasma revigorou a franquia e serviu como o blueprint para os filmes que viriam depois. Também resgatou positivamente a imagem de Tom Cruise, que havia se desgastado por diversas polêmicas. 

MI5 – um avião em movimento

Rebranding: Missão Impossível

Missão Impossível: Nação Secreta (2015) continuou com mais peripécias absurdas de Cruise.

Dessa vez, a franquia encontrou um líder com o diretor Christopher McQuarrie, que ficou responsável por todos os filmes subsequentes. 

Usando Protocolo Fantasma como exemplo, o filme continua com manobras incríveis feitas pelo seu astro principal. 

Na cena mais famosa, Tom Cruise se pendura por fora de um avião decolando, sem o uso de dublês ou computação gráfica, e esse é apenas o começo do filme.

A introdução de Nação Secreta.

MI5 também introduziu o vilão recorrente Lane (interpretado por Sean Harris), e adicionou a femme fatale Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), dois personagens que continuam nos próximos filmes.

Nação Secreta repetiu a fórmula de Protocolo Fantasma com sucesso, sendo bem avaliado e com uma boa bilheteria.

MI6 – Recarregando os punhos

Rebranding: Missão Impossível

Muitos se perguntaram se ainda havia algo para provar com um novo Missão Impossível, considerando que Protocolo Fantasma e Nação Secreta já foram praticamente o ápice do cinema de ação de Hollywood nos anos 2010, atrás apenas de Mad Max: Estrada da Fúria (2015).

De alguma forma, eles conseguiram se superar mais uma vez.

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Efeito Fallout é ainda mais eletrizante que MI5, como um trem desgovernado com leves pausas para respirar.

Dessa vez, o ator Henry Cavill foi convidado para participar da ação, com cenas bem memoráveis, como a luta no banheiro em Paris e a perseguição de helicópteros no final (da qual Tom Cruise realmente aprendeu a pilotar).

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O filme atualmente tem a maior nota da franquia pela crítica, com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes. Sua bilheteria foi de 791,7 milhões de dólares, a maior da franquia até então.

Missões possíveis

Com cada novo filme, o time por trás da franquia provou que não é impossível se superar em qualidade. 

Muitas franquias seguem sempre o mesmo caminho, os primeiros filmes são ótimos e icônicos, então a cada nova adição, vão ficando cada vez mais cansativos e desnecessários.

Missão Impossível fez um caminho diferente, com altos e baixos. 

O primeiro filme foi um ótimo sucesso com todas as cartas certas, o segundo derrapou numa tentativa de se conectar com um público maior, o terceiro voltou a uma normalidade, e o quarto em seguida encontraram a fórmula certa para seguir.

Efeito Fallout foi o ápice de sucesso comercial e de crítica, eles realmente têm uma tarefa praticamente impossível para superar, mas Missão Impossível: Acerto de Contas (2023) promete chegar a uma conclusão para a franquia (já que ainda há mais um filme planejado após esse).

O Efeito Tom Cruise

Tom Cruise já se tornou uma figura lendária em Hollywood, e apesar de ter uma imagem pública bem conturbada, há poucos atores hoje em dia capazes de atraírem o público somente com seu nome. Ainda mais com esse nível de dedicação por uma experiência cinematográfica genuína.

De certa forma, o personagem de Ethan Hunt funciona como um espelho perfeito da carreira de Cruise:

💣No primeiro filme, como um agente novo, eficiente e promissor; 

💣No segundo, como um tipo de “rockstar”, estiloso, radical e um tanto brega;

💣No terceiro, como alguém procurando uma vida normal, ao mesmo tempo, em que faz parte de algo que o impede de ter essa vida;

💣No quarto, como alguém que rejeita a normalidade e aceita uma vida de perigos;

💣No quinto, como alguém que continua vivendo perigosamente, mas com a perspectiva de terminar;

💣No sexto, como alguém de idade, sabendo que as próximas gerações irão lhe ultrapassar;

💥 E nesses últimos, como alguém que procura uma conclusão.

Dessa forma, a experiência do público vai muito além de apenas assistir e se divertir. Assim como, por exemplo, a franquia Rocky é um paralelo para a carreira de Sylvester Stallone, Missão Impossível é um reflexo para a carreira de Tom Cruise.

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