por Érick Oliveira
“Gato de Botas 2: O Último Desejo” estreou em janeiro desse ano (2023), e foi um sucesso surpreendente.
O filme veio sem muito hype e conquistou várias críticas positivas e aprovação do público.
O personagem já era famoso pela franquia Shrek, tendo seu primeiro filme solo em 2011, que teve uma resposta bem morna na época, então não se esperava muito da sequência, ainda mais após uma década inteira de ausência.
Provavelmente já sabendo desse desinteresse pelo personagem ao longo dos anos, a Dreamworks deu uma liberdade maior para os criadores serem criativos nessa sequência, dando uma nova vida a franquia.
A animação segue um estilo bem dinâmico, similar ao do filme “Homem Aranha no Aranhaverso (2018)”. O humor de Gato de Botas 2 é muito bem executado, com alguns momentos mais sérios e dramáticos que fazem o filme brilhar ainda mais.
A resposta do público foi muito positiva, Gato de Botas 2 conseguiu se manter bem nas bilheterias, mesmo competindo com o gigante de James Cameron, “Avatar – O Caminho da Água (2022).”
Outras franquias anunciam filmes
Com o sucesso de Gato de Botas 2, outras franquias infantis anunciaram filmes novos, inclusive abrindo a possibilidade de um Shrek 5, que vai contar com a participação do personagem felino.
Foram anunciados recentemente pela rival Disney: “Frozen 3”, “Toy Story 5”, “Zootopia 2” e “Aladdin 2” (Live Action). Vale pensar que muitos desses filmes vem anos depois dos originais (Zootopia foi lançado em 2016).
Quantidade nem sempre é tudo
Quando pensamos em engajamento, muito se fala sobre timing, que é muito importante para manter uma marca ou franquia relevantes. Por exemplo, quando um filme faz muito sucesso, já se espera de imediato o anúncio de uma sequência (mesmo que a história esteja praticamente fechada).
E muitas franquias utilizam esse interesse do público para lançar sequências rapidamente, o risco dessa prática é a estagnação do produto, quando cada novo filme gera menos repercussão pela sua repetição e quantidade exaustiva.
Esse é o risco que várias franquias famosas sofrem no objetivo de gerar lucro continuamente.
Mas quando há um tempo para respiro, o interesse das pessoas pode ser renovado pela memória afetiva.
Fazia mais de dez anos que Gato de Botas não aparecia nos cinemas, muitas pessoas cresceram e já se tornaram adolescentes ou jovens adultos nesse meio tempo, mas a nostalgia de terem assistido Shrek, Toy Story, Frozen e Gato de Botas quando jovens, possibilita que novos filmes dessas franquias sejam feitos e consigam muito sucesso entre todos os públicos (não apenas o infantil).
