Responsabilidade. Uma palavra forte, carregada de significados e que é, por diversas vezes, subestimada.
Todos temos responsabilidades, seja com nossos filhos, familiares, amigos ou pets.
Não tem nenhuma dessas?
Ah, mas, com certeza, você trabalha, joga on-line, assiste Netflix, YouTube ou tem um pequeno cactus em cima da mesa, não?
Então… para cada uma dessas situações, uma responsabilidade lhe é atribuída, meu caro.
Seja a de entregar o que lhe foi delegado no trabalho, pagar o jogo que comprou, terminar algum dos objetivos do mesmo ou ainda, nem que seja muuuuito de vez em quando, regar sua plantinha.
Não vai deixar o Tamagotchi morrer, amigo.
A questão acerca da responsabilidade é que, algumas vezes, desenvolvemos um medo ou receio de assumi-las.
O medo do fato de ser incumbido por algo, e de que suas ações serão o reflexo do sucesso ou fracasso dessa atribuição é inegavelmente (cada qual em sua proporção, claro) assustador.
Mas a vida não para de nos presentear com a necessidade de tomar decisões. E, toda a vez que as assumimos, algo ou alguém passa a depender de nossas escolhas.
Grandes poderes trazem grandes responsabilidades.
A RESPONSA DAS MARCAS
Quando nos detemos ao macro universo de marcas e comunicação, o assunto pode ficar meio cabuloso.
Vejamos: quem nunca viu ou compartilhou um meme de alguma falha das redes sociais por parte de alguma empresa, quase sempre em conjunto com a legenda “o estagiário errou”?
Pensemos: por que isso acontece?
Uma marca deve zelar por sua comunicação. Revisar o conteúdo e publicar materiais 100% alinhados à sua visão e postura, não?
Então, quando falhas acontecem (e elas acontecem), é sempre mais fácil culpar o mais fraco ou o estagiário imaginário (ou não).
Assumir o erro enquanto marca confiável (o que todas, sem exceção, aspiram ser) e atribuir a culpa a outro é o caminho muitas vezes escolhido.
Parte da responsabilidade das marcas é atribuir tais tarefas a profissionais ou empresas que tenham a capacidade e sejam qualificados para assumi-las, minimizando falhas e contornando crises.
A DIVISÃO DAS RESPONSABILIDADES
Sempre digo que o sucesso e o fracasso de uma marca não podem ser atribuídos somente ao logo, ao design ou à comunicação.
Existem centenas de marcas que não se comunicam com excelência, mas são cases de sucesso.
Assim como o contrário: diversas empresas têm seu processo de comunicação super alinhado e se apresentam de forma impecável, porém seus projetos ou produtos repetidamente “flopam”.
POR QUÊ?
Justamente pelo fato de que um projeto ou negócio que possui diversos pontos de contato e entrega, deve saber alinhar os mesmos conforme seus objetivos. Isso para que, como um todo (representando uma marca), consiga dividir a responsabilidade e os méritos do seu sucesso.
Um restaurante com preço adequado, comida de qualidade, serviço ágil e atencioso, pode ter um logo ruim, sim…
Pode, Chef?
Poder… não pode, néééé… mas isso não vai ser determinante para gerar o retorno dos clientes, indicações e avaliações positivas (aspectos que, invariavelmente, podem levar ao reconhecimento e trazer novos clientes). Porque o que ele se propõe a entregar é feito com maestria. O logo representa esse negócio. E se a entrega atende às expectativas, ele reflete isso e tá tudo ok.
Claro, um logo, uma arquitetura alinhada, menus e redes sociais presentes e constantes, ampliam o prisma da oferta e ajudam essa marca a se tornar “experimentável” mais rápido.
Portanto, entender que a gestão para o êxito de um produto ou serviço passa, e deve ser dividida pelos diversos “Ps” (e não somente pela Promoção), é o primeiro passo para compartilhar a responsabilidade pelo sucesso de uma marca.