E se você chegasse no mercado e todas as embalagens fossem brancas?
E se você não pudesse comprar novamente um molho saboroso por não lembrar qual pacotinho havia pego na última vez?
E se, ainda, você não pudesse experimentar um biscoito diferente do tradicional?
Vamos combinar, o mercado seria um saco!
Há alguns motivos que acirram a disputa da nossa atenção no mercado. Mas, embora as embalagens tenham o simples trabalho de proteger e envolver o produto, a evolução mercadológica e o aumento de marcas/variedades, fizeram com que surgisse a necessidade de agregar mais uma função, a personalização. A partir daí, foi possível expor argumentos e benefícios que buscam a atenção do consumidor.
A embalagem é uma forma de tradução material da empresa, uma importante ferramenta de marketing.
Dentro de cada segmento e de acordo com suas limitações, criativos quebram suas cabeças para encontrar a aparência ideal que atraia e desperte o desejo do consumidor. Isso porque, cada vez com mais frequência, o consumidor se depara com uma variedade enorme de novos produtos e embalagens nas gôndolas do supermercado e, claro, diante de tanta diversidade, a escolha pode acabar sendo influenciada pelo formato, cor, linguagem ou design.
Nem sempre é preciso esculpir uma nova, mas quando isso acontece… Surge uma nova maneira de vender e expor um produto. Quem, sentado em seu sofá em um ócio criativo pensou em enrolar o cabo do seu fone de ouvido a fim de montar uma nota musical? É o caso deste design de embalagem. Ele transforma o emaranhado de cabos que costumamos ver ocultos na embalagem em arte. Genial. Desperta atenção, está ligado ao universo do produto e o melhor de tudo, simples e harmônico.
Embora o artista por trás de uma embalagem seja oculto na maioria dos casos, o consumidor, por sua vez, é o protagonista que vem sendo moldado por este cenário. Isso impacta diretamente na sua exigência e na sua opinião. Além do mais, diante de tanta variedade e similaridade nas gôndolas, seu comportamento de consumo também está em constante alteração. Em questão de segundos ele pode devolver um produto na prateleira e optar pela marca ao lado por simplesmente ser mais atrativa aos olhos.
Fábio Mestriner, professor da ESPM e especialista em design e inteligência de embalagens, fala que “explorar ao máximo o potencial de uma embalagem é o melhor negócio que uma empresa pode fazer, sobretudo porque para o consumidor a embalagem é o próprio produto. Ele não separa o conteúdo da embalagem.”
Isso nos mostra que, embora se faça necessária informações de cunho legal e obrigatório em uma embalagem, o principal objetivo é ajudar a marca a subir um degrau no relacionamento com seu cliente, formar um conceito sobre o fabricante e agregar valor significativo ao produto.
Uma pesquisa realizada em 2019, pela Two Sides Brasil, apontou que, para 32% dos participantes, a influência da embalagem no momento da compra é constante e para 41% é frequente. Ou seja, é o design e o layout da embalagem mostrando sua força na tomada de decisão de compra. Além do mais, isso faz com que a indústria seja obrigada a se aperfeiçoar cada vez mais. A pesquisa ainda aponta outros dados, para 47% dos entrevistados um ponto importante é a maneira de abertura ou fechamento da embalagem. Ou seja, não basta ser bonito e criativo, precisa funcionar de verdade, precisa facilitar a vida do consumidor.
Portanto, a palavra da vez é encantar.
Causar uma boa impressão, despertar interesse e ser funcional é o mínimo aceitável para uma embalagem, seja vinho, molho ou biscoito. Encante.
Dá um confere na nossa aba de Cases, o Panda já fez muita embalagem bacana e já destacou muitos produtos em meio ao caos do mercado!