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A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

Nos últimos dias, você certamente deve ter visto várias menções ao filme da Barbie, o marketing do filme da boneca mais famosa do mundo está por todo o lugar, inclusive outras marcas estão navegando na onda do hype e praticamente fazendo anúncios gratuitos para o filme.

Isso me fez pensar em como a publicidade é totalmente essencial para o cinema, ambas têm uma relação simbiótica, afinal, para um filme ser visto, ele precisa ser divulgado.

Há várias maneiras de promover um filme, e hoje vamos explorar algumas das mais legais, o pôster e o trailer, com alguns exemplos que considero ideais.

A ideia também é fazer um paralelo entre essa publicidade de filmes com o que fazemos no Panda.

Sem mais delongas, vamos ao mundo da arte dos pôsteres e trailers de cinema!

Pôsteres e taglines

Talvez a forma mais antiga de anunciar um filme, e que é usada até hoje, é o pôster. É geralmente o que o público vai ver primeiro. 

Antigamente, o pôster era uma das questões mais importantes na divulgação, até quando a qualidade do filme era duvidosa, o pôster ainda teria que ser, no mínimo, interessante. 

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

Até o filme mais bagaceiro precisava de um belo pôster para se vender, mesmo que não fosse nem um pouco condizente com o produto final, como o exemplo de Deathstalker (1983).

A verdade é que as pessoas julgam, sim, o livro pela capa, e não é diferente no cinema.

Existem pôsteres tão icônicos que transcendem o próprio filme, a ponto de serem reconhecidos mesmo por alguém que nunca tenha assistido à obra.

Alguns bons exemplos são:

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

O pôster de O Silêncio dos Inocentes (1991) é misterioso, conceitual e traduz perfeitamente o filme em apenas uma imagem.

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

Sabe o que é pulp? Esse pôster encapsula todo o significado da palavra.

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

Esse pôster define perfeitamente o estado psicológico de sua personagem principal.

Outra questão é a tagline. A frase de apoio criativa que vende o conceito do filme, é basicamente o que fazemos em campanhas publicitárias para lançamentos e eventos.

Por exemplo, como você vende um filme como Alien – O Oitavo Passageiro (1979)? 

Talvez você mostre o elenco, mas os atores não eram tão conhecidos na época. 

Talvez o monstro, mas a graça do filme está justamente em manter o suspense e não revelar a criatura até o final. 

Qual foi a solução então? 

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

Um ovo se abre com uma estranha luz verde, mostrando que algo não natural está prestes a nascer. O chão é uma grade metálica, sinalizando que o filme se passa num ambiente fechado e claustrofóbico. Isso já dá um bom mistério e atiça a curiosidade, mas a cereja do bolo é a tagline.

“No espaço, ninguém poderá ouvir seus gritos.”

Você já fica assustado apenas por ler a frase, não há como vender a experiência do filme melhor do que isso. 

Um exemplo citado recentemente no artigo de Missão Impossível que também se encaixa aqui, é o pôster do primeiro filme, que nem possuí um título, apenas a tagline e o nome gigante de Tom Cruise. Esse foi um dos casos em que o marketing do filme estava 100% confiante em seu produto.

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

Espere o impossível! Quando? Dia 22 de maio.

É um exemplo simples, mas muito eficiente. O nome do astro principal e sua silhueta já chamam a atenção, você também vê o que parece ser uma igreja gótica (que evoca a imagem de um cenário europeu), e as linhas de um globo, que sugerem que essa será uma aventura ao redor do globo, ou seja, elementos comuns em qualquer filme de espionagem.

Mas é a tagline que vende o filme, sem nem precisar revelar o título, apenas te convida a presenciar o “impossível” e te dá a data. E isso foi o suficiente para atrair milhares de pessoas para o cinema em 1996.

Infelizmente, a arte do pôster já não parece ser uma questão tão importante para a venda de um filme, vários filmes grandes possuem pôsteres bem feios e pouco criativos, mas  ainda conseguem atrair pessoas pela força da marca.

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

A definição de poluição visual: excesso de informação e abominações do Photoshop, mas a associação de uma grande marca garante o sucesso do filme.

Mas isso não é desculpa, o ideal é sempre apresentar algo criativo e chamativo.

Trailers e teasers

O teaser e trailer são ainda mais importantes, afinal, o cinema é uma mídia visual em movimento, que forma melhor de vender um filme do que com um preview do que te espera?

Um teaser é um preview mais curto do filme, mostrando pouco da trama. Já o trailer apresenta mais cenas e costuma ter uma duração de 2 a 3 minutos.

Geralmente, trailers precisam dar um resumo da trama, vender um “pitch” para o público. Então, eles costumam focar nas cenas mais caras, os momentos mais marcantes.

O primeiro trailer de Os Vingadores (2012) é um bom exemplo de como criar hype com cenas marcantes.

O problema disso é que muitos trailers revelam demais sobre a trama, e quando assistimos ao filme, temos a impressão de que já vimos tudo resumido no trailer. 

Pessoalmente, eu prefiro trailers que não vendem exatamente a trama, mas vendem a “vibe” do filme.

Mas o que seria isso? Bem, são trailers que funcionam quase como um videoclipe do filme,  se preocupando mais em passar uma experiência, e não necessariamente a história ou as cenas marcantes.

Um exemplo antigo e fenomenal é o já citado Alien – O Oitavo Passageiro (uma campanha lendária, praticamente). 

O trailer seguiu a mesma linha do pôster, sem mostrar o monstro, focando no desespero e tensão do filme, que vai crescendo cada vez mais com o som da sirene, até explodir em gritos e ficar em completo silêncio no final, dando ênfase a icônica tagline.

Quando o trailer é uma obra-prima a parte

Esse tipo de trailer é mais raro, pois é preciso pensar fora da caixa e esperar que o público entenda o que foi passado. 

Você se sentiu tenso assistindo esse trailer? Então é assim que você vai se sentir assistindo ao filme.

Um exemplo mais “recente” (leia-se, mais de 10 anos atrás) e similar, foi o trailer do filme Os Homens que Não Amavam as Mulheres (2011), de David Fincher.

The feel bad movie of christmas

É bem possível que o pessoal da publicidade tenha se inspirado no trailer de Alien para fazer esse. 

Os cortes são rápidos e seguem o ritmo da música, um cover da famosa Immigrant Song, do Led Zeppelin, dessa vez performado por Trent Reznor (Nine Inch Nails) e Karen O (Yeah Yeah Yeahs).

A trama do filme é sobre crimes violentos e um passado perturbador que volta para assombrar seus personagens. A música é sobre vikings invadindo terras e trazendo a guerra, iniciando uma época de barbárie, selvageria e violência. 

Sem falar que o filme se passa na Suécia durante o inverno congelante (sinalizado na letra, “We came from the land of the ice and snow…”).

Ou seja, a letra da música faz um paralelo com o que ocorre no filme. 

O trailer traduz perfeitamente a “vibe” da obra, é um suspense com partes bem perturbadoras e violentas, mas ainda com um certo estilo e elegância. 

Por último, um teaser recente que chamou bastante minha atenção foi o do filme Killers of The Flower Moon (2023), do aclamado diretor Martin Scorsese.

Consegue encontrar os lobos nessa imagem?

Outro exemplo similar aos citados, que te diz tudo sobre a trama sem precisar explicar nada. É uma história sobre ganância, preconceito e violência, baseada em fatos reais, com personagens que não são confiáveis (o paralelo com os lobos). 

Mas trazendo isso para nossa realidade

Quando fazemos uma campanha publicitária para nossos clientes no Panda, seguimos uma lógica similar a dos trailers e pôsteres de cinema. Afinal, além do produto em si, precisamos de um conceito, uma ideia, algo que chame a atenção do público.

Um ótimo exemplo que fizemos foi a campanha da Batedeira Planetária Eletrônica Eclair da Progás e Braesi. O que precisávamos vender era a união entre o design doméstico do equipamento com sua potência industrial, e sinalizar as quatro opções de cores disponíveis.

A arte dos trailers e pôsteres de cinema: o que podemos aprender com eles na publicidade?

A frase escolhida foi uma jogada com a expressão “Gostos, cores e amores não se discutem”, então tivemos a ideia de colocar “Gostos, cores e sabores não se discutem”. A ideia é que as qualidades da Eclair falam por si mesmas – não é preciso mais nada para provar o quão surpreendente ela é!  

Além disso, as frases de apoio (similares as taglines) explicam seus diferenciais direto ao ponto, sinalizam o que o público procura em uma máquina dessas.   

Como o pôster de um filme, todos os elementos funcionam perfeitamente para vender o produto. O conceito, a identidade visual, a disposição das informações e cores.

Os teasers do equipamento também atiçaram a curiosidade do público, já dando uma ideia do que seria, mas sem revelar muito.

E o lançamento finalmente mostrou a identidade visual da campanha e as qualidades do equipamento de forma magistral.

Nesse ponto, o que fazemos é similar às campanhas de publicidade do cinema, só que, obviamente, sem os milhões de dólares que costumam ir para publicidade. 

Se quiser conhecer mais cases que produzimos, acesse pandabranding.com.br/cases/.

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