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Como a Carreta Furacão se tornou um fenômeno por todo o Brasil?

Meados de 2015, um vídeo de qualidade baixa surge no YouTube de pessoas fantasiadas como personagens dançando ao redor de uma carreta. Um deles, vestido de Popeye, corre pela rua à noite, até ser surpreendido por um ciclista, enquanto Fofão pula por uma parede ao lado e Patati observa a cena.

No momento do impacto, quando o ciclista se choca com Popeye, a voz de Chester Bennington estoura o áudio cantando o refrão de Numb, da banda Linkin Park, supostamente a segunda música mais triste do grupo. 

É o que o título diz, ao menos (qual seria a primeira? Ninguém sabe, é subjetivo, um dos grandes mistérios da humanidade).

Para entender tudo isso, você teria que estar lá.

Como diria Aslan de As Crônicas de Nárnia: “não cite a magia profunda para mim, Feiticeira. Eu estava lá quando ela foi criada.”

Muitos já devem estar confusos com essa introdução, mas é preciso estar em um certo tipo de espírito para entender o sucesso estrondoso da Carreta Furacão.

Não parece ser tão complicado entender, afinal, são pessoas fantasiadas de personagens dançando e pulando ao redor de uma carreta. É algo que é imediatamente engraçado para adultos e animador para crianças.

Mas a cultura de memes da década de 2010 foi inegavelmente responsável pela popularização maior desses artistas, é o que trouxe eles para o Brasil inteiro.

E entender a cultura dos memes é um pouco complicado, é preciso de certa bagagem.

Se liga no mestiço na batida do cavaco 

A Carreta Furacão surgiu em Ribeirão Preto – SP, é parte do que chamam de “trenzinho da alegria”, que é uma performance de rua em que dançarinos se fantasiam de personagens em volta de uma carreta que passeia pela cidade. 

Originalmente fundada em 2007 pelo casal Wellington e Fabiana Cardoni, vale dizer que eles não foram os primeiros a fazer essa modalidade de atração, os trenzinhos da alegria já faziam parte da cultura de Ribeirão Preto há muito tempo, mas hoje em dia certamente são os mais famosos.

A Carreta Furacão teve sua primeira grande exposição pelo vídeo “Trenzinho Carreta Furacão”, postado no YouTube em agosto de 2010, conquistando atualmente 15 milhões de visualizações.

As origens da Carreta

O vídeo fez bastante sucesso e logo foram chamados para diversos programas de TV, como Pânico na TV, Eliana e Os Legendários com Marcos Mion. 

Mas foi por cerca de 2013 a 2016 que tiveram sua popularidade alavancada por memes em páginas da internet e nas redes sociais.

Mas por que Linkin Park?

Em 2015, dois vídeos circularam pela internet, um foi o já citado “Popeye atropelado por ciclista…” e outro foi “somewhere I belong Fofão pula o muro…”, ambos com montagens das danças (e acidentes) da Carreta ao som de músicas da banda Linkin Park.

Essa referência é antiga na cultura de memes, pois uma prática muito comum era fazer montagens de animes (animações japonesas) com músicas da banda, logo, a ideia era adaptar esse tipo de vídeo para algo um pouco mais “brasileiro.”

Você certamente já deve ter se deparado com essas montagens no YouTube, especialmente se começou a visitar o site por cerca da segunda metade dos anos 2000.

A “lógica” seria que a Carreta Furacão é o nosso anime, e as danças e acidentes seriam as nossas batalhas.  

O humor, obviamente, é totalmente nonsense e se baseia em diversas referências, ou seja, é o típico humor que conquistou as gerações millennial e zoomer.

Ambos os vídeos pegaram uma audiência maior: os jovens e criadores de memes. Logo a Carreta Furacão se tornou um fenômeno reconhecido em todos os cantos do país.

A Carreta Furacão parece ter abraçado os memes, e isso fez deles mais populares ainda.

Subindo o muro

Apesar de fazer parte da cultura de Ribeirão Preto, logo os “trenzinhos da alegria” começaram a surgir por todo o Brasil, inspirados pela popularidade da Carreta Furacão.

A Carreta também entrou em turnês por todo o país, oferecendo diversão, animação e poluição sonora por todos os lugares onde passam.   

Ou seja, onde há pessoas rindo dentro de uma carreta, música alta, pessoas fantasiadas de personagens sambando e fazendo parkour, ciclistas prontos para atropelar esses dançarinos e motoristas mal-humorados ao redor, é sinal que um Trenzinho da Alegria está por perto

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