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GRIS e o lado artístico dos jogos

Por muito tempo, videogames foram vistos como apenas mais um brinquedo, algo destinado a jovens e crianças. 

Porém, muita coisa mudou com o passar dos anos. Por conta dos avanços tecnológicos, os games ganharam a possibilidade de se tornarem cada vez mais complexos e profundos, criando universos, histórias e despertando as mais diversas emoções.

Para se criar um jogo, antes de qualquer coisa, são necessários artistas. Na criação do roteiro, design de cenários, personagens, cenas, composição da trilha sonora e por aí vai. 

Um exemplo um tanto atual que extrapola o quesito artístico e emocional dentro dos videogames é o jogo GRIS, lançado em 2018. 

Inicialmente, o jogo chama a atenção pelos seus visuais, que fogem bastante do senso comum, apresentando cenários exuberantes que mesclam as formas retas e precisas com traços e pinturas orgânicos. Cada tela do jogo poderia facilmente virar um quadro.

Porém, o jogo brilha mesmo quando começamos a nos aprofundar em seu universo. O tema central da história é o luto e as suas fases, e isso é contado ao jogador sem sequer uma linha de diálogo ou texto na tela. O recurso usado aqui é o da psicologia das cores.

No início somos transportados para um mundo desolado e cinzento, representando a primeira fase do luto: a negação. No decorrer da aventura, as cores predominantes na tela mudam: passamos pela raiva (vermelho), barganha (verde), depressão (azul) e aceitação (amarelo). 

O jogo mostra também que essas fases não acontecem de uma forma isolada, trazendo momentos em que mais de uma das cores compõem o cenário.

Acompanhando os visuais, o jogo conta com uma trilha sonora de muito bom gosto que representa, com maestria, todas as sensações e emoções da jornada e completa a atmosfera, variando entre temas melancólicos, intensos, tristes e esperançosos. 

Fica a recomendação também para conferir a trilha sonora no Spotify!

Na parte técnica, GRIS se mostra muito amigável àqueles que não tem o hábito de jogar, proporcionando desafios com dificuldade muito bem balanceada, que exploram acima de tudo a criatividade e a capacidade de pensar fora da caixa do jogador. 

O game não possui combates e nem há a possibilidade da personagem morrer. A jornada é curta, levando de 3 a 4 horas para finalizar, o que torna o jogo excelente para quem busca uma experiência diferente e imersiva, acompanhada de visuais deslumbrantes e uma trilha sonora emocionante.

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