Ultimamente muito se tem ouvido falar sobre representatividade dentro das mais diversas mídias. Nota-se cada vez mais a atenção de marcas e empresas se voltando para esse tema.
Mas afinal, qual a real importância da representatividade nos meios de comunicação?
E qual o papel do profissional da comunicação nisso tudo?
Podemos usar o exemplo do Brasil, um país que poderia ser praticamente um continente, com diversos biomas, climas e, principalmente, pessoas.
Mesmo com toda essa variedade de raças, crenças, culturas e costumes, ainda somos uma sociedade que sofre das mais diversas violências geradas pelo preconceito.
Preconceito esse que em grande parte das vezes é construído no subconsciente, sem nem nos darmos conta, através de uma representação estereotipada na mídia ou até pela ausência total dessa representação, afinal, tendemos a desgostar ou temer aquilo que não temos contato.
É aí que entra o papel social do profissional da comunicação.
Claro que dentro de cada trabalho que desenvolvemos, estamos buscando um público-alvo e isso deve ser respeitado para se atingir o resultado desejado. Porém, é através do nosso trabalho que podemos plantar pequenas sementes para quebrar estereótipos e dar visibilidade às pessoas que são marginalizadas e sofrem de um apagamento social.
Deve-se atentar, porém, à forma com a qual a diversidade é inserida na mídia.
Um trabalho de inclusão feito de qualquer jeito pode ter resultados bastante negativos. Estereótipos, caricaturas ou até a inserção de uma forma forçada podem resultar em trabalhos de muito mau gosto e até ofensivos. Então deve-se ter cuidado para tratar as diferenças com o máximo de respeito, mostrando também que essas pessoas são parte do cotidiano, cada uma com sua individualidade.
Mas e as marcas, o que elas têm a ganhar com isso?
Uma marca que tem como um dos princípios trazer diversidade nas suas mídias de forma honesta pode ganhar muito.
Primeiramente por aumentar o número de pessoas que podem vir a se identificar com o seu serviço ou produto, principalmente num momento em que temos uma grande variedade de marcas e empresas que fornecem produtos semelhantes.
A identificação com a mesma pode ser um fator decisivo de compra, e isso tem muito a ver com a forma pela qual a marca se expressa e se mostra nos seus meios de comunicação.
Hoje as pessoas não buscam apenas um produto ou serviço pela sua utilidade objetiva.
Elas buscam também “se ver” na marca ou empresa, quase como se fosse uma relação de amizade e de confiança. Além disso uma comunicação sem diversidade e representatividade pode trazer a mensagem de “este produto não é para você”, o que acaba afastando possíveis consumidores que poderiam muito bem se encaixar dentro do público-alvo daquela marca ou empresa
Logo, podemos perceber que a presença da diversidade e da representatividade na comunicação é bastante benéfica tanto para a sociedade num geral, dando visibilidade à pessoas que não se encaixam em determinados padrões sociais, quanto para as marcas, que tem a possibilidade de trazer novos clientes, gerar identificação e ser um agente de mudança social.